Há muito tempo tento fugir e
disfarçar o fracasso que chamo de vida, mais não sei bem se o fracasso meu é
meu mesmo ou foi tragicamente feito por outro e assim me fazendo pensar que não
tenho valor algum, há muito tempo tento esquece o inevitável mais a magoa e
sentimentos passados trazem todo esse retrocesso atual e minha vida, minha vida
já não é mais vida há muito tempo, na verdade já não sei se vivi ou ando
revivendo momentos repetitivos e cansativos, são tantas humilhações e tanta
inveja que meu caminho já flores murchou a areia sumiu e ás pedras mostra o
vazio real de como é estar na minha pele, é tanta coisa presa em meu silêncio e
tanta lágrima presa em meu sorriso que já não há mais esperança, já não há mais
o que sonhar o que viver, é tantos caminhos andados de forma errada e tantos
sonhos não realizados são tantos choros guardados que nem sei mais o que faço
aqui, por que és de viver? Se já não encontro motivos, se já não tenho sorrisos,
se tudo que vivi até hoje foi e é criticado e desconsiderável por todos, se
tudo que me resta e pena de mim mesmo, inútil é isso que sou, onde busco apoio
vem a critica, a discordância a intolerância de pessoas que acham que nunca vou
ser nada na vida, minhas conquistas podem ser grandes e pequenas mais nada será
de grande valor, tento manter o pé no chão enquanto um mundo desabar em minha
cabeça enquanto toda a poeira dos escombros me faz cegar, em meio à tragédia que
é minha vida é ou acabou se tornando, meus valores, meus motivos, meus sonhos,
onde está o que nunca tive, porque és de procurar o que nunca me pertenceu? Onde
fui parar com tanto sofrimento guardado no fundo da alma, guardado em meio a
nada, como posso eu falar e entender a tão sonhada felicidade se não sei o que
é? Como posso entender o que passo se nunca desejei mal a ninguém? Se nunca me
tornei alguém, se nunca signifiquei nada a ninguém.
Qual é o segredo da felicidade se
mal posso sonhar com dias melhores, se mal consigo viver a vida que tenho. Como
irei saber o segredo e o verdadeiro sentido de um sorriso, se nunca me foi
apresentada essa tal felicidade? Tanto desejada e pouco alcançada e previamente
aclamada por mim, que culpa tenho eu de esperar dias melhores que nunca há de
chegar, que culpa tenho eu de ter a alma ferida e ainda aberta esbanjando sua
dor e seu eterno sofrimento.
sofrimento esse que poucos entendem e que pouco irão se preocupa!
sofrimento nosso de cada dia.
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