Eles
vieram das tradições orais de culturas diversas, do folclore mesmo, sem nome
definido. E, como muitos sabem não essas histórias não tinham nada de fadas.
São contos recheados de vingança, assassinatos, torturas, sexo, mutilações, e
por aí vai.
São
histórias como as da mitologia grega, celta, hindu e até mesmo a brasileira.
Essas histórias da mitologia européia eram contadas de pai para filho e traziam
consigo preocupações da vida cotidiana (e nada nobre) como morte, fome,
abandono e abusos sexuais onde os personagens principais, em geral, eram
crianças ou jovens, servindo de alerta (drástico) para que os pequenos
camponeses tomassem cuidado.
João
e Maria foram abandonados pelos pais por falta de condições para criá-los,
passaram fome e tiveram os olhos devorados pelos animais da floresta.
a
Bela Adormecida foi, na verdade, estuprada pelo príncipe e até gerou seu filho
enquanto estava inerte na cama.
a história da doce Chapeuzinho Vermelho fala de canibalismo, onde a neta come a carne da própria avó e acaba sendo abusada e devorada pelo lobo, sem caçador para salvar.
a
Branca de Neve foi feita de empregada pelos anões e, no final, se vinga da
madrasta obrigando-a vestir sapatos de ferro quente e dançar até a morte.
a Pequena Sereia tem a cauda rasgada ao meio pela bruxa do
mar e morre no final.
Os contos atuais, cheios de esperança e amor, foram fruto de
uma preocupação com o impacto psicológico que as crianças podem sofrer a partir
de influências. Preocupação esta que continua até hoje, discutindo cada vez
mais o conteúdo da indústria infantil e do politicamente correto. Foi ela que
transformou aquelas histórias macabras nos famosos contos de fada e acabou por
nos poupar de muitas histórias dignas de pesadelos.
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